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segunda-feira, 26 de março de 2012

Poeta Ambulante.

Domingo fui à feira da Glória, tradicional aqui no Rio, e me deparei com o Peixoto, um poeta ambulante, que estava vendendo seus textos pelas ruas. Ao comprar um de seus poemas, ele me contou o quão difícil é viver de literatura: "O Brasil não é de literatura, apenas festas e futebol."

Aos Sertões

O que será do meu sertão quando tudo isso aqui virar cidade?
E o homem do campo perder seu chão?
Não há mais Luiz Gonzaga cantando em baião:
Morreu de sede meu gado e minha plantação.
Não há mais desgraças,
desse tipo não.
O sertão vai virar mar;
mas é um mar de progresso poluindo o nosso povo.
O que será do meu país quando a minha gente não puder mais lá plantar?
O sertão vira cidade,
e o homem do campo só Deus sabe onde irá plantar.
O que será do meu país quando o sertão não der mais fruto,
e a humanidade tiver que suportar alimentos desenvolvidos em laboratórios?
O que será da humanidade quando o homem mais moderno for programado em computador?
O que será do meu país de cibernéticos a lutarem pela defesa da nação?
O que será?
O que será?
O que será do meu país?

poetapeixoto@yahoo.com.br

Gostaram?
por @MattCabot

Um comentário:

  1. Adorei... nossa o mundo está caminhando para sse destino, então "O que será do meu país?".
    Bjuss
    @IlmaraRibeiro

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